Um problema muito comum no Brasil, especialmente durante o verão, é o superaquecimento dos ambientes devido à incidência de sol, principalmente nas fachadas voltadas para o oeste. Algumas casas se tornam verdadeiros fornos e causam um desconforto muito grande que perdura até o momento em que o aparelho de ar condicionado consiga fazer o seu trabalho com eficiência.
Ar condicionado resolve?
Até que sim, mas o custo vale a pena?
Para responder essa pergunta, temos que ter em mente que o custo da dependência do aparelho de ar condicionado não se limita apenas à conta de energia. Temos que considerar, pelo menos, as seguintes vertentes:
- O custo com o consumo de energia;
- O desconforto térmico até que o ambiente seja devidamente refrigerado;
- O enclausuramento do ambiente e a perda da ventilação natural (as portas e janelas devem permanecer fechadas).
- O custo ambiental relativo à produção da energia consumida.
Logo, a resposta vai ser muito particular para cada caso, pois cada item citado pode ter uma relevância maior ou menor para cada pessoa.
De toda maneira, sem nenhuma dúvida, é muito mais agradável, prático e econômico um ambiente onde não somos obrigados a sobreviver com a ajuda de aparelhos. Se você conta com um bom arquiteto para o seu projeto, certamente ele lançará mão de uma série de recursos para que a edificação não sofra com esse problema. Em casos críticos, especialmente em obras de grande porte, devemos recorrer à consultaria de profissionais especializados em conforto ambiental e ou arquitetura bioclimática.
Então, o que fazer quando temos uma fachada que sofre com a alta incidência de radiação solar ?
Como dissemos no post Vai comprar um terreno? 07 passos para você não errar , a maior parte dos problemas relacionados à posição em relação ao sol são resolvidos no santo e abençoado Projeto de Arquitetura. Durante a elaboração do projeto, podemos (e devemos)analisar quais as melhores medidas para garantir o conforto ambiental, buscando sempre a melhor relação Desempenho x Orçamento x Partido Arquitetônico.
A primeira coisa a se pensar é utilizar um isolante térmico nas paredes que recebem diretamente a luz do sol e existem no mercado vários materiais diferentes para isso, mas esse controle pode ser obtido também utilizando elementos arquitetônicos. Enfim, vejamos algumas opções.
Brise-soleil
Brise-soleil (a pronúncia é algo próximo de “brriz soléie”) é nada mais do que um quebra-sol. Feito em concreto armado, aço, alumínio ou madeira, podendo ser vertical ou horizontal, fixo ou móvel, esse elemento arquitetônico se posiciona junto às janelas, funcionando como a aba de um chapéu. Ele recebe a a luz solar e projeta sombra na fachada.
O brise-soleil foi um elemento largamente utilizado pelos arquitetos modernistas e segue presente, principalmente, na arquitetura chamada “contemporânea”.
Vidro de Controle Solar
O vidro tem sido a sensação do momento entre arquitetos e clientes, mas a sua aplicação em grande panos com alta incidência de sol, exige uma atenção especial.
? O vidro para fachadas, coberturas, pisos e guarda-corpos deve ser sempre de segurança e a sua especificação deve atender às normas técnicas da ABNT.
A indústria tem desenvolvido novos tipos de vidro, sempre buscando um material que reflita o calor sem prejudicar a luminosidade natural, ou seja, vidros que deixem passar a luz do sol, mas que bloqueiem a passagem do calor. Hoje, o principal tipo de vidro com essas características é o vidro refletivo de controle solar.
Os vidros refletivos são uma grande gama de produtos onde a transparência à luz natural e o bloqueio ao calor são definidos e ajustados no seu processo de tratamento.
O vidro refletivo de baixa seletividade, comumente chamado de “vidro espelhado“, é um vidro float (vidro comum) que recebe uma camada metalizada em uma das faces. Essa camada metalizada irá refletir quase que totalmente a luz, como um espelho, para o lado onde houver mais luz, ou seja, sua face reflexiva será a externa durante o dia e a interna durante a noite. O efeito espelhado tem um desempenho muito alto quanto ao bloqueio do calor, porém também não permite a passagem da luz. Geralmente é mais utilizado em edificações comerciais, principalmente em edifícios corporativos, e não é o vidro mais querido para residências.
O outro extremo é o chamado vidro de alta seletividade, que é um vidro cujo tratamento químico lhe permite um alto desempenho tanto em relação ao bloqueio do calor, quanto na passagem de luz natural. Este tipo de vidro permite o melhor conforto térmico sem que se perca a transparência e neutralidade do vidro.
Para um desempenho ainda melhor (obviamente aumentando o custo) pode-se utilizar o sistema de vidro insulado, ou “vidro duplo”, que conta com duas folhas de vidro com uma camada de ar desidratado entre elas. Com esse sistema é possível combinar tipos diferentes de vidro, aproveitando as vantagens de cada um, além de tirar proveito da camada interna de ar, que funciona muito bem no isolamento tanto térmico quanto acústico.
Para obras mais econômicas, uma opção é a utilização de vidros verdes. Eles bloqueiam parcialmente a passagem do calor sem muita perda na luminosidade. Não tem o mesmo desempenho que o um vidro de alta seletividade, mas apresentam uma boa relação custo x benefício.
Um problema muito comum no Brasil, especialmente durante o verão, é o superaquecimento dos ambientes devido à incidência de sol, principalmente nas fachadas voltadas para o oeste. Algumas casas se tornam verdadeiros fornos e causam um desconforto muito grande que perdura até o momento em que o aparelho de ar condicionado consiga fazer o seu trabalho com eficiência.
Ar condicionado resolve?
Até que sim, mas o custo vale a pena?
Para responder essa pergunta, temos que ter em mente que o custo da dependência do aparelho de ar condicionado não se limita apenas à conta de energia. Temos que considerar, pelo menos, as seguintes vertentes:
- O custo com o consumo de energia;
- O desconforto térmico até que o ambiente seja devidamente refrigerado;
- O enclausuramento do ambiente e a perda da ventilação natural (as portas e janelas devem permanecer fechadas).
- O custo ambiental relativo à produção da energia consumida.
Logo, a resposta vai ser muito particular para cada caso, pois cada item citado pode ter uma relevância maior ou menor para cada pessoa.
De toda maneira, sem nenhuma dúvida, é muito mais agradável, prático e econômico um ambiente onde não somos obrigados a sobreviver com a ajuda de aparelhos. Se você conta com um bom arquiteto para o seu projeto, certamente ele lançará mão de uma série de recursos para que a edificação não sofra com esse problema. Em casos críticos, especialmente em obras de grande porte, devemos recorrer à consultaria de profissionais especializados em conforto ambiental e ou arquitetura bioclimática.
Então, o que fazer quando temos uma fachada que sofre com a alta incidência de radiação solar ?
Como dissemos no post Vai comprar um terreno? 07 passos para você não errar , a maior parte dos problemas relacionados à posição em relação ao sol são resolvidos no santo e abençoado Projeto de Arquitetura. Durante a elaboração do projeto, podemos (e devemos)analisar quais as melhores medidas para garantir o conforto ambiental, buscando sempre a melhor relação Desempenho x Orçamento x Partido Arquitetônico.
A primeira coisa a se pensar é utilizar um isolante térmico nas paredes que recebem diretamente a luz do sol e existem no mercado vários materiais diferentes para isso, mas esse controle pode ser obtido também utilizando elementos arquitetônicos. Enfim, vejamos algumas opções.
Brise-soleil
Brise-soleil (a pronúncia é algo próximo de “brriz soléie”) é nada mais do que um quebra-sol. Feito em concreto armado, aço, alumínio ou madeira, podendo ser vertical ou horizontal, fixo ou móvel, esse elemento arquitetônico se posiciona junto às janelas, funcionando como a aba de um chapéu. Ele recebe a a luz solar e projeta sombra na fachada.
O brise-soleil foi um elemento largamente utilizado pelos arquitetos modernistas e segue presente, principalmente, na arquitetura chamada “contemporânea”.
Vidro de Controle Solar
O vidro tem sido a sensação do momento entre arquitetos e clientes, mas a sua aplicação em grande panos com alta incidência de sol, exige uma atenção especial.
? O vidro para fachadas, coberturas, pisos e guarda-corpos deve ser sempre de segurança e a sua especificação deve atender às normas técnicas da ABNT.
A indústria tem desenvolvido novos tipos de vidro, sempre buscando um material que reflita o calor sem prejudicar a luminosidade natural, ou seja, vidros que deixem passar a luz do sol, mas que bloqueiem a passagem do calor. Hoje, o principal tipo de vidro com essas características é o vidro refletivo de controle solar.
Os vidros refletivos são uma grande gama de produtos onde a transparência à luz natural e o bloqueio ao calor são definidos e ajustados no seu processo de tratamento.
O vidro refletivo de baixa seletividade, comumente chamado de “vidro espelhado“, é um vidro float (vidro comum) que recebe uma camada metalizada em uma das faces. Essa camada metalizada irá refletir quase que totalmente a luz, como um espelho, para o lado onde houver mais luz, ou seja, sua face reflexiva será a externa durante o dia e a interna durante a noite. O efeito espelhado tem um desempenho muito alto quanto ao bloqueio do calor, porém também não permite a passagem da luz. Geralmente é mais utilizado em edificações comerciais, principalmente em edifícios corporativos, e não é o vidro mais querido para residências.
O outro extremo é o chamado vidro de alta seletividade, que é um vidro cujo tratamento químico lhe permite um alto desempenho tanto em relação ao bloqueio do calor, quanto na passagem de luz natural. Este tipo de vidro permite o melhor conforto térmico sem que se perca a transparência e neutralidade do vidro.
Para um desempenho ainda melhor (obviamente aumentando o custo) pode-se utilizar o sistema de vidro insulado, ou “vidro duplo”, que conta com duas folhas de vidro com uma camada de ar desidratado entre elas. Com esse sistema é possível combinar tipos diferentes de vidro, aproveitando as vantagens de cada um, além de tirar proveito da camada interna de ar, que funciona muito bem no isolamento tanto térmico quanto acústico.
Para obras mais econômicas, uma opção é a utilização de vidros verdes. Eles bloqueiam parcialmente a passagem do calor sem muita perda na luminosidade. Não tem o mesmo desempenho que o um vidro de alta seletividade, mas apresentam uma boa relação custo x benefício.
Outra maneira é utilizar a camada externa com algum elemento que absorva o calor, projete sombra e funcione de maneira semelhante à dos brises. Para isso, são utilizados elementos vazados, painéis perfurados ou recortados e o que mais a criatividade permitir.
Fachada Verde
Este sistema poderia fazer parte do item anterior (Fachada Dupla), mas é tão legal e tão adequado às atuais preocupações ambientais, que resolvi falar dele à parte.
Enfim, a fachada verde, ou jardim vertical, ou fachada jardim, é um sistema extremamente eficiente quanto a garantir o conforto térmico para a edificação, pois além de se comportar como uma fachada dupla, as plantas absorvem o calor da luz do sol e garantem um interior fresquinho naturalmente.
Podemos citar várias vantagens desse sistema, que vão desde a beleza até a eficiência, passando pelo baixo custo, a absorção de carbono, a contribuição com a microfauna e o prazer de cultivar um jardim ou (por que não?) uma horta. Existem várias maneiras de se fazer um jardim vertical e precisaríamos de um post só para isso (quem sabe em breve?)para tratar razoavelmente sobre o assunto. Mas, em geral, podemos adiantar que, exceto em grandes prédios que exijam grandes estruturas, não há necessidade de sistemas muito complexos, não é absurdamente caro e pode ser executado sem grandes intervenções em obras já prontas.
Como tudo nesse mundo, também tem suas desvantagens, mas acho que são pequenas em relação ao benefício, e podemos citar a manutenção das plantas e o combate a insetos… Nada muito diferente dos cuidados necessários com um jardim comum.
Uma solução muito mais simples para quem tem espaço para isso é simplesmente plantar uma árvore que, quando adulta, irá projetar sombra na casa. Precisa-se apenas estudar a posição correta e escolher adequadamente a espécie para que ela não traga transtornos futuramente. O único problema é que você precisará esperar a árvore crescer para se beneficiar da sua sombra. E vale lembrar que o ideal seria uma espécie de copa densa, crescimento rápido e raiz pivotante.
? Dica útil: Se você mora numa região que faz frio no inverno, opte por uma árvore que possua folhas caducas (árvores que perdem as folhas no inverno). Assim, no verão ela protegerá a sua casa do sol, mas no inverno permitirá que o sol a aqueça.
Fonte: Alta Arquitetura
Fachada Dupla
Uma outra opção bem legal é a utilização de fachadas duplas que são, obviamente, fachadas com, digamos, duas camadas separadas, onde a primeira recebe a luz do sol e protege a segunda.
Nesse sistema, uma opção é utilizar a fachada dupla ventilada em vidro. É mais ou menos como um prédio normal envelopado por uma pele de vidro e com um sistema que permite que ar circule entre as duas fachadas.